Este vem do Brasil
A comemorar 43 anos de carreira, o humorista Jô Soares continua a somar êxitos e pode ser visitado de segunda a sábado, a partir das 23h00, no GNT, onde conduz entrevistas sempre divertidas.
José Eugênio Soares ? de nome artístico Jô Soares, ou então ?O Gordo?, como ficou conhecido em Portugal ? nasceu em 1938 no Rio de Janeiro. Deu o salto para a fama ainda jovem, aos 20 anos, quando se estreou ? com o pé direito ? no filme de Carlos Manga, ?O Homem do Sputnik?. Nesse mesmo ano fez as suas primeiras aparições na TV Rio com os programas ?Noite de Gala? e ?TV Mistério?, ao lado de Tônia Carrero, Paulo Autran e Adolfo Celi.
Menos de um ano depois, começou a escrever e a actuar em programas humorísticos na TV-Continental e a fazer participações no ?Grande Teatro? da TV-Tupi com o Grupo dos Sete, encabeçado por Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Brito e Aldo de Maia. Na mesma altura, subiu ao palco numa peça de Ariano Suassuna, ?A Compadecida?.
Seguiram-se ?Passeio sob o Arco-Íris?, de Guilherme Figueredo; ?Oscar?, de Claude Magnier; ?Os Rinocerontes?, de Yonesco; ?O Casamento do Sr. Mississipi?, de Dürrenmatt; ?Os 30 Milhões do Americano?, de Gladiator Labiche; e ?Tudo no Escuro?, de Peter Schaffer.
Na década de 60, Jô Soares fez parte da equipa da TV Record.
Nesse período trabalhou como comediante e autor de diversos programas como ?La Revue Chic?, ?Jô Show?, ?Praça da Alegria? e ?Quadra de Azes?.
Em 1970, Jô Soares foi contratado pela Rede Globo e foi já nesse mesmo ano que arrancou com o programa ?Faça Humor Não Faça Guerra?, em que Jô dividia a redacção com Renato Corte Real, Max Nunes, Geraldo Alves, Hugo Bidet e Haroldo Barbosa.
Mas foi preciso esperar pela década de 80 para Jô Soares conquistar o público português com o seu inesquecível ?Viva o Gordo?, que estreou na Rede Globo em Março de 1981 e se manteve no ar durante seis anos consecutivos.
O programa tinha direcção de Cecil Thiré e era escrito por Max Nunes, Hilton Marques, Afonso Brandão e José Mauro. Ao lado de Jô Soares, Brandão Filho, Célia Biar, Eliezer Motta, Henriqueta Brieba e Wellington Botelho faziam rir às gargalhadas milhões de telespectadores.
Quem não se lembra do Capitão Gay, um super-herói inspirado nas histórias de quadradinhos, e da sua famosa deixa: ?Cansei!?. A personagem, sempre vestida de côr-de-rosa e enfeitada de estrelinhas brilhantes, solucionava os problemas que ?nenhum homem e nenhuma mulher podiam resolver?.
Tirando ainda partido do quotidiano, Jô criou uma gigantesca galeria de personagens: ?Foram tantos os papéis que interpretei e criei, desde o início da minha carreira na televisão, que quando ultrapassei a marca dos cem parei de contar?, confessou o humorista, em entrevista à Globo.
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